[SMITH/KOTZEN]: "Você tem que mergulhar de cabeça"

Na nova edição da revista do IMFC tem entrevista com Adrian e Richie falando sobre a turnê Smith/Kotzen que aconteceu no início desse ano

Creditos: IMFC Magazine

Foto: John McMurtrie

Tradução: AFSF

Richie e Adrian na sua viagem ao pôr-do-sol

Quanto tempo tiveram que ensaiar?

Adrian: Penso que, no total, provavelmente cerca de duas semanas. Acho que nunca se pode ter tempo suficiente para ensaiar, mas a dada altura você tem que mergulhar de cabeça e fazer um espetáculo.

Richie: Inicialmente entramos no meu estúdio e fizemos mais um tipo de ensaios no estilo intimista. Podemos ter feito isso talvez quatro vezes, e depois levar para uma grande sala durante alguns dias para fazer o conjunto com uma produção maior, certificando-nos apenas que tínhamos todas as nossas mudanças em ordem, esse tipo de coisas...

O seu disco de estreia e ep foi escrito tendo em mente os espetáculos ao vivo?

Adrian: Não, mas saíram muito bem numa situação ao vivo e fiquei muito entusiasmado com isso, porque por vezes algo pode soar bem no estúdio e depois não funciona tão bem ao vivo, mas eu diria que as canções funcionam ainda melhor ao vivo. Mudamos um pouco alguns dos arranjos - há muito mais improvisação.

Richie: As grandes coisas é que deixamos a composição ditar a direção. Sei que temos muito em comum musicalmente, mas nunca entramos numa discussão sobre o tipo de disco que íamos fazer. Apenas pensamos: 'Vamos tentar escrever canções e ver como saem'. Tínhamos uma química.

Então, qual é a sensação de estar de novo no palco ao vivo?

Adrian: É muito excitante. Senti mesmo a falta disso. A adrenalina! E estamos tocando em clubes, por isso estamos mesmo a ter um contato próximo com os fãs e isso é excitante, não é?

Adrian, qual é a sensação de tocar no circuito de clubes contra locais muito grandes?

Adrian: É bastante diferente do que estou habituado a fazer no Maiden. Obviamente que estamos em lugares mais pequenos e eu também estou a cantar mais. Richie e eu dividimos vocais principais, por isso estou muito ocupado. Provavelmente não terei tempo para pensar sobre isso, pois é um desafio para mim, mas é um desafio que estou ansioso por enfrentar. Quer dizer, Richie faz isto para viver, é o que ele faz, é um guitarrista, cantor e muito bom. Portanto, é revisitar algo que eu cresci fazendo. Sempre cantei em bandas enquanto aprendia a tocar, por isso é algo natural para mim, mas já não o faço há algum tempo, por isso estou entusiasmado com esse desafio. Com Maiden, obviamente que Bruce cuida dos deveres de frontman, ele faz todos os discursos entre as canções. O meu papel está muito bem definido. Acho que vai ser um pouco de improviso com Smith/Kotzen no que diz respeito a isso. Assim veremos. É um projeto novo. É uma coisa que estamos a cultivar. No que diz respeito à viagem inaugural, estou absolutamente ansioso por isso. Mal posso esperar para voltar ao palco e tocar Legacy, além de que esperamos tocar algumas canções novas, o que seria ótimo e apimentaria muito as coisas. Estou ansioso por isso, absolutamente!