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ADRIAN SMITH: "Adoraríamos fazer uma turnê, nós acreditamos no álbum e estamos orgulhosos dele"

  • Foto do escritor: adrianfredericksmithfas
    adrianfredericksmithfas
  • 25 de fev. de 2021
  • 7 min de leitura

Atualizado: 23 de dez. de 2024


Hoje Mattias da rádio Sueca Pirate Rock entrevistou o Adrian para falar sobre seu novo projeto com Richie Kotzen. Adrian falou sobre como fazer o álbum, uma possível turnê e que eles planejaram uma turnê pela Europa e América em torno do lançamento do álbum. Adrian disse que já tomou a vacina.



Confira a entrevista completa (Agradecimentos à Chelly Sanches do site Bruce Dickinson Forever por transcrever a entrevista)


Entrevistador: Então, Smith/Kotzen, a dupla entre o guitarrista do Iron Maiden Adrian Smith e o guitarrista do Poison Ritchie Kotzen. Um projeto muito interessante. Por favor, conte-me como ele começou.


Adrian: Uma vez, em um lugar na América, cerca de dez anos atrás, tem essa comunidade de músicos em Los Angeles onde eu conheci o Ritchie. Minha esposa então era uma grande fã da música dele e eu o achava um guitarrista excelente. E nós nos tornamos amigos e nossas esposas organizaram jantares, e começamos a nos encontrar em festas e tínhamos muitos amigos em comum, gostávamos dos mesmos tipos de música, músicas dos anos 70, esse tipo de coisa. E minha esposa na época chegou e disse ‘vocês dois deviam fazer algum tipo de trabalho juntos’ e foi assim que tudo começou, realmente.


Entrevistador: Então vocês deveriam agradecer suas esposas por esse projeto (risos)


Adrian: Sim, eu agradeço, tem alguém que realmente agradeço porque se não fosse por essa pessoa, não haveria inspiração para nada do que vem acontecendo. Eu realmente queria fazer esse tipo de coisa, tocar e cantar, num álbum clássico de hard rock e com um pouco de blues, é exatamente o que eu sempre quis fazer. Então unimos nossas forças, realmente, e eu posso cantar um pouco também (risos) Então nós nos sentamos e colocamos uns microfones, e nós dois estávamos com nossas guitarras, sabe como é, e a primeira coisa que eu fiz foi começar a tocar e cantar , e Ritchie criou o refrão, e vimos que tínhamos uma ótima química. Geralmente quando eu tocava algo, ele começava a seguir com outra coisa, e então tínhamos essa bela melodia, sabe como é, nós construímos músicas como estruturas. E foi assim que chegamos lá. Às vezes sentávamos em uma sala com algumas músicas tocando ao fundo e começávamos a escrever. Isso sempre funciona, você senta e começa, e com o Ritchie isso fluía muito bem, sabe como é, então nós tivemos uma química excelente, e eu reconheço isso, e em pouco tempo já tínhamos cinco músicas, e então começamos a fazer os solos, e eu, sem estar trabalhando com o Maiden, consegui terminar o álbum em 2020.


Entrevistador: Você deve ter tido algum tempo livre por causa do corona, um tempo extra para escrever músicas.


Adrian: Não exatamente, eu terminei o álbum antes de toda a pandemia, nós o terminamos, não me lembro quando exatamente, mas provavelmente no meio de fevereiro ou algo assim. E então eu sai de férias, e foi quando toda a pandemia começou. Eu não tinha muita coisa pra fazer, então mergulhei de cabeça nesse projeto. Nós todos fomos pegos de surpresa com essa pandemia, infelizmente.


Entrevistador: É, foi um tempo difícil. Provavelmente deve acabar em breve.


Adrian: Eu realmente espero que sim, porque tenho alguns planos (risos). Não posso dizer quais, mas será muito bom. Eu já tomei a vacina, o que será ótimo, então espero que todos que possam, tomem a vacina logo também.


Entrevistador: Quando você descreve a música, parece um pouco menos de rock tradicional, um pouco de R&B e um pouco mais, o que a torna diferente.


Adrian: Sim, eu acho que é bem isso, sabe, um álbum de rock, se é como você quer chama-lo. Como eu disse, eu cresci ouvindo esse tipo de música e, ironicamente, quando me juntei ao Maiden, Ritchie esteve no Maiden 20 anos atrás; quando eu tinha tempo livre, eu meio que tentei montar uma banda blues paralelamente, algo pra fazer quando não estava em turnê, sabe, eu só ia para o estúdio com músicos diferentes todas as semanas. Então, era meio como ensaiar algumas músicas, só algumas músicas, músicas que todos conhecem. Então era só aparecer lá e tocar, mas isso iniciou algo no fundo da minha mente. Minhas raízes estavam ali, no rock dos anos 70, e eu tenho feito isso por anos, nos fins de semana, apenas para me divertir, mas sempre quis fazer um álbum de verdade, e agora eu tive a chance de realmente faze-lo.


Entrevistador: Parece incrível, todos na Pirate Rock adoraram, então, provavelmente vamos ouvir falar muito sobre ele por aqui. Falando sobre a Suécia, vai haver alguma turnê sua e do Kotzen quando o corona tiver acabado?


Adrian: Bem, sim, adoraríamos fazer uma turnê, nós acreditamos no álbum e estamos orgulhosos dele, adoraríamos tocar as músicas no palco, mas, você sabe, nós temos alguns planos para o final de Março e Abril, depois do lançamento do álbum, talvez alguns shows em lugares escolhidos na América e na Europa, mas eu não sei, quem pode saber o que vai acontecer. Mas definitivamente no futuro eu diria que nós queremos fazer isso. Acho que seria bem divertido.


Entrevistador: Você será muito bem vindo à Suécia (risos). Eu acredito que você tem muitos fãs aqui. Você tem dois convidados no álbum, Tal Bergman e Nicko McBrain, que tocam bateria no álbum correto?


Adrian: Nicko toca em uma das músicas, e Tal toca em duas. O resto delas quem tocou foi Ritchie bateria, entre outras coisas.


Entrevistador: Tem outros artistas convidados no seu álbum?


Adrian: Não no álbum, não, somente eles dois. Conforme fomos escrevendo, você sabe, Ritchie e eu tocamos baixo, fizemos as linhas de baixo conforme fomos escrevendo, Ritchie tinha uma pequena bateria lá, e ele ia acompanhando na bateria, fazendo as batidas, para que pudéssemos ir escrevendo. E quando ouvíamos, achávamos que a bateria estava soando muito bem. Usamos as partes de baixo que fizemos, eu toco baixo em cerca de quatro músicas, Ritchie toca no restante. Nós fizemos o que podíamos para manter nossa visão honesta, e continuamos ensaiando, nós conseguimos ir em frente fazendo as outras partes, e Ritchie é um ótimo baterista, então, você sabe, foi desse jeito que acabamos fazendo. Eu suponho que poderíamos ter alugado um estúdios e ter todos esses tipos de coisa, mas queríamos manter desse jeito, especialmente este álbum, e nos manter próximos da nossa visão.


Entrevistador: Você mencionou umas duas vezes o tipo de coisa que você gosta de escutar, o que gostava quando era mais jovem. Que tipo de música você gosta de ouvir hoje em dia? Você escuta músicas novas ou ainda escuta apenas músicas antigas? Ou você ouve de tudo? Você está na indústria musical há tanto tempo, é legal saber o que você gosta de ouvir.


Adrian: Honestamente, eu ainda amo as músicas antigas, músicas clássicas, realmente. Eu ainda escuto as mesmas músicas de quando tinha 15 anos, como Highway Star, por exemplo, e é isso, sabe, eu ainda escuto aquele tipo de música, eu realmente gosto. Eu até confiro músicas novas, especialmente de R&B, tem muitos bons músicos de Blues por aí, eu andei pesquisando, e eu gosto de ouvir essas coisas mais novas também. Eu gosto disso, gosto de Blues, e gosto de pesquisar sobre ela.


Entrevistador: Quando se trata das músicas do álbum, que será lançado em 26 de março, quando se fala das letras das músicas, você as escreveu junto com Ritchie ou tem mais alguém que colaborou nas letras e nas músicas?


Adrian: Não, fui basicamente eu mesmo. Nós sentamos várias vezes juntos para trabalhar nas letras e na melodia, e sim, escrevemos juntos, um inspirando o outro, essa é a beleza da química. É uma coisa bem rara, na verdade. Letras de música nunca foram meu ponto forte, na verdade, Ritchie é muito bom nessa parte, mas nós passamos muito tempo juntos, e ele viu que eu tinha uma inspiração, e trabalhamos nisso. É como dizem, o segredo está nos detalhes, às vezes você aparece com uma música que é excelente, excede as letras, porque as letras são realmente muito importantes, então passamos muito tempo tentando fazer com que as letras contassem uma certa história, que mostrassem seu significado real, são músicas sobre a vida, sobre relacionamentos passados, coisas que me aconteceram no passado que talvez tiveram um efeito traumático, que influenciaram seu comportamento no futuro, tem uma música sobre alguém especial com quem parece que estou correndo em círculos, sobre alguém fugindo de si mesmo para conseguir enfrentar a realidade, sabe como é, é muito material sobre a vida. Meus pensamentos estão nas letras. E você pode cantá-las porque você pode se identificar com elas, sabe, todo mundo passa por essas coisas, é a vida. Essa é a graça do Blues, desse estilo, quero dizer, as pessoas cantam sobre suas vidas e quando eles tiram isso de dentro deles, eles se sentem melhores, é como uma terapia, sabe? Quando você sobe no palco, se sente realmente bem, porque pode se expressar e dizer aquilo que você quer, você tira isso de dentro do peito.


Entrevistador: Você parece realmente feliz com esse projeto, eu estou extremamente interessado em ouvir mais de você e obviamente ve-lo ao vivo também.

Adrian: Sim, eu realmente quero muito fazer isso, mas vamos ver, sabe, nós definitivamente queremos fazer outro álbum, em algum momento, já conversamos casualmente sobre isso. Eu estou muito feliz com este álbum, realmente quero fazer mais um.


Entrevistador: Irei te fazer a última pergunta que eu geralmente faço para quem eu entrevisto: Se você estivesse preso em uma ilha, sozinho, e pudesse levar um álbum apenas, qual seria?


Adrian: Eu pensei que você diria uma mulher (risos)..


Entrevistador: Não (risos), definitivamente, não teria nenhuma mulher na ilha.


Adrian: Eu daria um jeito de levar uma para mim (risos). Um álbum? Difícil... acho que Free Life, do Free.


Entrevistador: Boa escolha.


Adrian: Eu sei


Entrevistador: Muito obrigado por tirar um tempo para falar comigo e desejamos toda a sorte do mundo, aqui da Pirate Rock, e queremos ver seu álbum ao vivo.

Adrian. Muito obrigado! Até mais!


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